Vídeo sobre o pensamento de Duns Escoto, Guilherme de Occam e Hugo Grócio, explicando a transição do jusnaturalismo teológico para o jusnaturalismo racional.
No momento anterior, temos a união entre fé e razão, em Tomás de Aquino. Confira aqui.
Duns Escoto (1266 – 1308), contemporâneo de Tomás, inicia o processo de separação entre a fé e a razão com o seu “voluntarismo”. Sua ênfase estava na vontade de Deus, na soberania de Deus. Assim, afirmava que as verdades a respeito da fé não poderiam ser compreendidas pela razão. Esse foi o primeiro passo de separação entre fé e razão, entre teologia e filosofia, entre jusnaturalsimo teológico e jusnaturalismo racional.
Após, temos Guilherme de Occam (1285 – 1349), discípulo de Escoto. Guilherme de Occam dizia que todo o conhecimento racional tem base na lógica. Por isso, era um nominalista, e também um empirista. O nominalismo entende que não existem conceitos abstratos, verdades universais (seriam apenas “nomes”). O empirismo entende que o único conhecimento válido é aquele que pode ser comprovado pela experiência.
Por último, já após a Reforma Protestante, temos Hugo Grócio (1583 – 1645). Grócio era um protestante, e estava muito preocupado com as disputas religiosas – não só entre católicos e protestantes, mas também dentro do protestantismo, entre calvinistas e arminianos. Sobre esse último assunto, confira este vídeo, do meu outro canal (Teodidatas):
Assim, Hugo Grócio apresenta um sistema de justiça, um direito natural, baseado exclusivamente na razão. Esse seu sistema de justiça poderia servir como denominador comum não só para católicos e protestantes, mas também para os diferentes ramos do protestantismo. Assim, com Hugo Grócio, nasce o racionalismo.
Grócio também é considerado o “pai do Direito Internacional”, em razão de sua obra “Sobre a Lei da Guerra e Paz.” Em “Sobre a Lei da Guerra e Paz” concebe uma sociedade internacional com convivência pacífica, baseada no consenso e na razão.
Assim surge o racionalismo. Agora, para compreendermos como jusnaturalismo racional foi abandonado, precisamos estudar a chamada “Guilhotina de Hume,” o que faremos num próximo vídeo.
Ah, confira também meu outro canal, Teodidatas.
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